Quem já ouviu falar na série Stronghold, sabe que os jogos que levam esse título tem um gameplay quase que único no mercado até hoje. E Stronghold 3 segue fiel essa linha de pensamento, empregando as famosas mecânicas de castelo e combate que fizeram tanto sucesso nos outros títulos.

Depois do relativo fracasso que foi Stronghold 2 (média de 63 no Metacritic), os desenvolvedores resolveram voltar as raízes que deram certo no primeiro jogo (média 81 no Metacritic). Como os defeitos mais citados de Stronghold 2 estão os bugs, IA e gráficos, é de se imaginar que “voltar as raízes” envolva um lançamento mais acessível, mais estável e que desperte melhores impressões da crítica.

Stronghold 3 é sobre construir e manter um reino, e isso inclui, claro, criar um mega castelo. Mas pra isso você vai ter que primeiramente agradar sua força de trabalho, os peões, dando-os moradia, comida e proteção. Uma das novidades agora é a adição dos “villagers”, uma classe de pessoas que não é nem força de trabalho nem poder militar (também conhecido como inúteis). Por mais que não façam nada de diretamente útil pra sua vitória, manter a popularidade desses moradores vai ser essencial na estabilidade do seu governo. E para conquistar popularidade podemos apelar pro lado da alegria (distribuindo comida por exemplo), ou medo (como ao adicionar mais câmaras de tortura).

A parte de construção promete ser mais prática e dinâmica para o usuário. Casas, que antes ganhavam upgrades escolhidos pelo jogador, agora crescem dinamicamente conforme sua proximidade com o castelo. A construção de paredes, torres e arcos para sua fortaleza vai ser ser uma tarefa fácil, envolvendo não mais que cliques e arrastes do mouse.

Mas Stronghold 3 não é um jogo Sims de fazer castelos. Ter um reino envolve guerra, e é através da guerra que você vai prevalecer. A estratégia começa pela construção do castelo, que tem que resistir a catapultas, trabucos, flechas de fogo e os mais diversos tipos de armas de destruição que existem. Pra tornar tudo isso mais realístico, o jogo vem com um novo sistema de física e de dia/noite. A física influencia na efetividade de armadilhas, na forma como paredes e torres são destruídas, como soldados são arremessados, etc, enquanto que as diferenças entre dia e noite vão ter um grande impacto na sua visibilidade e na do exército que está no campo.

Mas a defesa pode não ser a solução última pros seus problemas, e pra acabar com seus inimigos você vai ter de recrutar um exército e colocá-lo em movimento. Em Stronghold 3 os desenvolvedores foram capazes de programar batalhas em escala muito maior do que nos outros jogos, o que deve tornar ainda mais épica sua campanha militar. Mas é preciso ficar atento, pois agora é possível espalhar armadilhas no mapa (como uma de espetos ou troncos em chamas), que podem te pegar de surpresa e acabar com suas perspectivas de vitória.

No seu ataque ao castelo do inimigo, além das armas convencionais, está de volta também os animais contaminados. Você os arremessa pra dentro das paredes, propagando doença e morte aos habitantes. Mas só isso não deve ser o suficiente, e você terá de elaborar sua estratégia para quebrar a defesa inimiga. Seja tentando derrubar o portão principal, destruindo alguma parede ou colocando a cidade em chamas, serão várias opções pra você tentar obliterar os reinos alheios.

Além da campanha, modo de sandbox e batalhas históricas, Stronghold 3 vem também com multiplayer. Serão vários modos pra disputar contra seus amigos (e inimigos), alguns indo além da simples mecânica de “destruir todo mundo”.